terça-feira, 6 de março de 2012

Breno

Quase morro de tristeza nesses últimos dias. No domingo, ainda embriagada com o Rio, abri meu e-mail e tive uma notícia que me nocauteou. Meu amigo Breno, com quem mantive uma relação de intensa amizade, confiança, companheirismo... morreu em um acidente de moto 15 minutos de casa. Me sinto órfã, traída, profundamente triste. Breno era pra mim um refúgio, onde eu buscava forças para lidar com as coisas do trabalho, da política... com as tristezas da desigualdade social do nosso país. Ele me entendia e dividia comigo as angústias e os sonhos de um mundo melhor. Estou triste, cansada, mas ao mesmo tempo, procuro entender porque uma pessoa que anda de moto a vida inteira(faria 50 anos no dia 8 de julho), já rodou o Brasil inteiro de moto (até publicou um livro "29 000 km de moto e barco pelo Brasil", morre pertinho de casa num acidente... de moto. Tem coisas que não dá pra entender, só aceitar. E tocar em frente. Eu fico tranquila também porque ele sabia muito bem o quanto eu o amava. Vivia dizendo isso pra ele. Falava sempre da importância dele em minha vida e de como sentia sua falta se demorasse muito em aparecer. E esse sentimento era retribuído. Eu sentia isso. Ainda sinto.

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